CAJEPRIAN

Foto: Anderson Rodrigues


Sabe quando acontece algo maravilhoso que não encontramos palavras para expressar? Quando queremos nomear algo inominável, porém, é tão bom que temos que apelar para o neologismo ou para a velha, mas sempre usada COISA. Por exemplo, quando sua mulher, noiva, namorada ou similares está com vontade de comer algo, entretanto não sabe o que é. Ela diz:
- Amor tô com vontade de comer algo assim, sabe? Sei lá, uma COISA que num sei bem o que é (Bom, não sei quanto a vocês, mas, eu nunca acertei o que era).
Ou, quando você não sabe o nome do seu vizinho e quer falar dele, você diz: - Sabe o SEU COISINHA que mora ali na esquina? hummmm, nem te conto. (Isso mesmo, o “nem te conto” significa: Quero muitoooo falar, minha língua não se aguenta na boca).
Para algumas pessoas COISA é tão real que já virou até verbo:
- Aí tem COISA, acho que Fulano e Cicrana tão COISANDO direto, é só a mãe dela sair pra trabalhar que........! 
   
Bom, eu encontrei uma palavra que é a síntese exata dessas coisas boas que não conseguimos expressar. CAJEPRIAN! Isso! Cajeprian não é uma palavra apenas, é uma louvação a vida e tudo de bom que nela há. É a valorização das amizades verdadeiras, não pesando naquilo que eu posso conseguir com elas, mas, simplesmente porque você tem algo de bom e quer compartilhar com alguém, mesmo que essa pessoa não possa te oferecer nada no momento. É vivenciar o milagre da multiplicação do trakinas para dividir com uma multidão de universitários famintos e duros de tanto gastar com xerox.
Cajeprian é amar a diversidade cultural, social, racial... Poder falar que seu amigo e amiga estão gordinhos (e, juntos prometerem fazer um regime, mesmo que o regime  fique apenas na promessa e vire lenda) ou, chama-lá de branquela ou de negrão sem que isso venha soar como racismo.
É poder zoar alguém até irritar e ter a certeza de que aquela pessoa te ama mesmo assim e tudo aquilo foi apenas gozação. É sentir ciúme daqueles que amamos, porém, entender que aquela pessoa não nos pertence, apenas temos um lugar aconchegante e seguro dentro dela e que isso é o melhor que podemos dar ou receber de alguém.     
É saber ceder e ouvir aquele papo de mulherzinha das suas amigas do curso de Letras, mesmo você estando na sede por falar de futebol e de como o Mengão arrebentou o Botafogo na final do Cariocão (Vocês nem imaginam como é difícil arrumar alguém na faculdade de Letras para falar de futebol!). É pagar aquele mico juntos, que daqui a uns vinte anos vocês estarão rolando no chão de tanto rir de um lado, e seus filhos rolando do outro por ter visto a suas fotos e falando de como vocês se vestiam de forma tão brega, pelo menos para eles.

Cajeprian é um grito do Nós mesmo em meio a uma geração tão centrada no Eu, no egocentrismo. É um protesto para dizer que o bem existe.
É uma doce utopia que nos impulsiona a continuar acreditando que o amor existe sim e que mesmo que não venhamos alcançar todo esse amor em sua plenitude, só o fato de caminharmos na direção dele nos tornamos pessoas melhores ao ponto de ainda ter fé no ser humano.
Meu amigo! Brigue menos, reclame menos da vida, planeje menos e improvise mais, pois o que é a vida se não um grande improviso que não sabemos quando começa e nem quando termina, entretanto, toda beleza está exatamente na execução do ato de viver. Deixe que o grande Diretor do Universo dirija esse espetáculo do viver!
Seja um pouco mais CAJEPRIAN, pois, felicidade é viver os pequenos momentos com intensidade.
Anderson Rodrigues

IMPROVISOS....

Foto: Anderson Rodrigues


A beleza da vida não está nos roteiros prontos que teimamos seguir ... está nos improvisos... viva a vida de improviso!

Como na Literatura, a verdadeira experiência não vem das frases estampadas no texto, e sim, da leitura feita com os olhos d'alma e da subjetividade das entrelinhas, pois, exatamente nelas que encontramos a Semântica Viver.

Anderson Rodrigues

Sobre mim;

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. (Clarice L)

Em Suma: "Sou Exatamente Aquilo Que Deus Diz Que Sou, Nada mais Nada menos." Pois Sei Quem Sou em Deus...e isso Basta!!