Naufragação....

A Alma é um naufrago a afogar-se dentro si própria.
Não que dentro dela exista apenas ela, muito pelo contrário, há sim, um oceano de gentes e vozes, dores e amores, desejos, delírios ... sufocando-a, e, a única coisa que pode fazer é tentar emergir de vez em quando para encontrar um pouco de ar.
É exatamente nessa hora que a ciência perde todo o sentido; Ao emergir, a Alma inspira todo ar que pode direto para o coração, para expirá-lo suavemente pelas mãos ... em forma de poesia, ou se preferir, respiraçãooo.........     
Anderson Rodrigues

Simples

Simples assim como um verso

O amor nasce de olhares vagos... dispersos...

Que numa fração de segundo se chocam no ar;

Simples assim...

Bom ter você aqui, assim pra mim...

Um encaixe perfeito no peito, sem despeito ou pressão

Simples como um apodo inventado:

Negra beleza - princesa, Com... Compaixão se lançou em meus braços

Ah! leãozinho querido, arranca de mim um sorriso

Simples sorriso que brota na gente

Mesmo sem motivo aparente, rimos como criança feliz:

De um pequeno gesto, de um ruído no trem, das caras e bocas criadas;

Justaposição perfeita de mundos distintos

Antítese de um sistema descrente no Amor

Com você até os tempos se fundem ou confundem....

Na tempestade o Amor é nosso porto seguro

Em nosso canto a harmonia é companheira sem fim

Fecho meus olhos para beijar-te Futuro

Ao abri-los, lá está o Presente diante de mim.


Anderson Rodrigues
Para aquela que tem feito os meus dias...assim..Simples assim.. Thereza Bindi 


                      
Desafio

Conta-se a história que em um lugar bem distante havia um Reino, porém não era um reino como os outros, tinha algo de especial e diferente. Este reino era banhado por um rio que o Rei do reino batizara com o nome de Adoração e a partir daquele momento todos que ali viviam foram chamados de Adoradores. Todo aquele reino foi construído ao redor do rio Adoração, havia algo de peculiar naquele rio, suas águas simplesmente cristalinas, em suas margens um verde exuberante repleta de toda espécie de árvores frutíferas com seus frutos lindos e saborosos, havia algo de fértil naquele rio Adoração e não digo apenas pela vegetação, pois todos que bebiam das águas do rio pareciam mais felizes, com seus semblantes vistosos, diziam até que aquelas águas curavam toda espécie de males e doenças. Não digo que os moradores (chamados adoradores) do Reino precisassem de cura, pois dificilmente algum deles se encontrava enfermo, entretanto, não eram raras às vezes em que moradores de outros locais iam pedir para se banhar ou beber das águas do Adoração e assim eram curados de seus males do corpo e da alma.
           
            Bom, tudo isso gerava inveja em alguns governantes de outros reinos, mas o que realmente incomodava os governantes de outras cidades era algo que ocorria todas as tardes naquele Reino, algo que eles não podiam conceber, pois confrontava toda a cultura, costumes, padrões da época. O que incomodava tanto os governantes?  O que fugia tanto ao sistema da época? A resposta é que, todas as tardes na viração do dia, para ser mais exato por volta das seis da tarde, os portões do castelo real se abriam e Ele, o Rei do Reino saia ao encontro de seus súditos, e, para quê? Para quebrar todos os protocolos e fazer o que o coração do Rei mais desejava: mergulhar no Rio Adoração junto de seus súditos que Ele mesmo fazia questão de chamar de amigos, conhecendo cada um deles pelo nome. Juntos brincavam, corriam e mergulhavam todos os dias no Adoração. Aquele lindo pôr do sol, crianças, adultos, idosos, negros, brancos, todos juntos ao Rei em um lindo e maravilhoso relacionamento de amor e assim seguia a vida no Reino, tudo de forma sublime e por que não dizer celestial.

            Certo dia, enquanto o Rei se divertia com os moradores (ou melhor. Amigos adoradores) um menino avistara ao longe um jovem se aproximando. Ao aproximar-se um pouco mais, o Rei grita:
- Quem vem lá?
O jovem responde:
- Senhor! Sou apenas um jovem peregrino que vem de muito longe e que gostaria de falar com o Rei deste Reino.
- Aproxime-se rapaz, é ele quem vos fala.
O jovem ficou assustado com tamanha simplicidade do Rei e com a cena que vê, quase não acreditou que era ele mesmo. Como um Rei se veste tão simples assim? Como se humilha tanto ao ponto de andar com seus servos?
O Rei com uma espécie de onisciência e vendo a aflição do rapaz disse:
- Meu jovem, não se surpreenda com a aparência, ela tende sempre ao engano. A verdadeira realeza e aquilo de mais nobre que há no homem não vem das vestes e sim do coração.
O jovem peregrino ficou abismado com a resposta de algo que nem havia perguntado, porém que havia gerado em seu coração, pensou que tal resposta só poderia vir mesmo de alguém de espírito nobre e se convenceu que ele era o Rei.
O Rei lhe perguntou:
- O que de tão importante tens para falar-me que o faz vir de tão longe?
- Majestade, a muito ouço falar de se Reinado e sem sombra de dúvida tens o Reino mais prospero e feliz que já se ouviu.  Eu sonho em saber seu segredo, como Vossa Alteza faz para obter tamanha felicidade, alegria e manter esse Reino tão pleno de tudo aquilo que é bom. E, se Vossa Majestade permitir-me ser um pouco mais ousado, sonho em tornar-me um “ Verdadeiro Adorador”.
O Rei ficou encantado com tamanha coragem e ousadia do jovem rapaz, olhou para ele com olhos de amor e resolveu dar-lhe uma oportunidade desafiando-o.
- Meu jovem gosto de pessoas ousadas e firmes naquilo que almejam, por isso resolvi dar-lhe uma chance através de um desafio, se você conseguir passar por esse desafio certamente estará preparado para se tornar um verdadeiro adorador.
Com toda afobação de um bom jovem, logo de pronto aceitou mesmo sem saber o que era, porém, em um relance observou duas figuras caminhando pelas margens do rio Adoração em direção às colinas onde parecia ser a nascente do rio, a primeira era uma senhora daquelas que nos passam uma sensação de segurança quase que maternal, certa credibilidade mesmo sem precisar falar nada, o outro, era um senhor sereno, calmo, com a simplicidade de uma pomba e o semblante reluzente.
Sua observação foi interrompida pelo Rei que lhe perguntou:
- Está pronto?
- Sim, estou Majestade.
- Bom, o desafio é o seguinte: Você ficará responsável por cuidar de meu Reino por um mês, deverá manter essa mesma harmonia, receber os enfermos que vem de outros lugares para se tratar, preservar todo esse verde e principalmente a alegria e paz que todos os adoradores têm aqui.
- Meu jovem eis o segredo que faz meu Reino ser assim.
O jovem se animou e perguntou:
- Qual Majestade?
- O Rio.
- O Rio?
- Sim, o Rio Adoração é o que gera alegria e vida ao meu Reino, por isso, custe o que custar nunca deixe que mudem o curso do Adoração, nem mesmo que sujem suas águas. Não permita que o Adoração caia nas mãos de falsos reis que só querem vã glória, promiscuidade e explorar seus súditos. Se fizer isso estará aprovado.
O Rei comunicou a todos os adoradores e entrou em seu castelo prometendo sair somente quando houvesse completado um mês, deixou para o jovem uma linda casa e a autoridade para conduzir o Reino.

            No dia seguinte, o jovem, depois de pensar muito em como administrar o Reino e assim poder ser nomeado um verdadeiro adorador, pensou em diversas estratégias administrativas que poderia tomar lembrando sempre dos conselhos dados pelo Rei sobre todo o cuidado que deveria ter com o Rio Adoração. 
Com o passar dos dias treinou vários homem para manterem guarda em vários pontos do rio impedindo assim que pessoas e outros reinos pudessem tentar desviar o curso do rio, observou que os adoradores passavam muito tempo nadando na Adoração e resolveu marcar horários para o lazer no rio, com o fim de que pudesse evitar sujeiras no rio. Porém, de repente ao olhar do outro lado da margem viu os mesmos dois Senhores que caminhavam em direção às colinas. O jovem gritou por eles e correu para encontrá-los, eles, de maneira calma e serena, esperaram o jovem, ele os interpelou:
- Onde pensam que vão?
- Nós temos que ir para além das colinas, pois nos foi dada uma missão importante pelo Rei deste Reino e temos que cumprir.
- Todos os dias vejo vocês indo nesta direção. O que tem de tão importante nessa tal missão? Não estão vendo que os demais adoradores estão cumprindo as tarefas que eu mandei para mantermos a ordem do Reino?
- Não me interessa que missão é essa que o Rei os mandou fazer todos os dias nas colinas, agora eu quem estou governando e quero que vocês façam outra coisa.
- Jovem não podemos fazer outra coisa, pois o Rei mandou....
- Não importa! Já que não querem me obedecer e eu tenho o maior cargo do Reino, eu os expulso do Reino agora.
Os dois, sem nada dizer, foram se afastando, afastando... O senhor com semblante triste até deixou escorrer algumas lágrimas e assim os dois sumiram no horizonte.
O jovem sem recuar chamou alguns súditos que observavam tristes a cena, disse que havia tido uma ótima idéia para manter a prosperidade do Reino, eles iriam vender a água do Rio Adoração para todos que tivessem sede no Reino ou os doentes que procurariam a cura através do Adoração. Cobrou pela Adoração valores exorbitantes, algo que o Rei nunca havia cobrado e os dias foram passando.

Pouco tempo depois, o jovem percebeu que a vegetação que ficavam as margens do rio já não eram as mesmas, estavam amarelas, as árvores davam poucos frutos e os que tinham já não eram tão saborosos. Os adoradores estavam ficando doentes, coisa que não ocorria em outro tempo, alegria já não existia, o jovem não sabia o que estava errado, ele havia feito uma ótima gestão administrativa pondo em pratica toda sua inteligência. Não sabia ele que o pior ainda estava por vir, no dia seguinte ele acordou com todo o Reino em pranto, crianças chorando, jovens tentando suicídio, velhos se lamentando. Ele corre para ver o que havia acontecido e logo obteve a resposta. O Rio havia secado! Isso! Não existe mais Adoração. O desespero era total. De repente as portas do palácio se abrem e o Rei do Reino vem para a prestação de contas com o Jovem. O jovem pensou em fuga, mas já era tarde o Rei está diante dele, em seu olhar o jovem observa uma mistura de decepção e compaixão, não conseguia encontrar ódio no Rei mesmo em uma situação tão ruim. Com a mesma prontidão que o jovem teve ao aceitar o desafio, agora se lança aos pés do Rei a suplicar:
- Misericórdia Majestade! Não sei o que eu fiz de errado! Não sei onde errei.
O Rei olha para ele e diz:
- Quer saber o que você fez de errado? Onde você errou? Venha comigo.
O Rei foi andando na direção das colinas para além do leito do Rio. O jovem foi seguindo atrás dele desolado tentando achar uma justificativa para seu fracasso e pensando se ainda haveria chance dele se tornar um verdadeiro adorador.
O Rei foi caminhando em silêncio na direção das colinas e o jovem apressadamente o seguiu sem coragem de dizer uma só palavra, ficava observando aquele leito seco com sua vegetação morta, porém, algo lhe chamou a atenção, no caminho percebeu vários desvios feitos nas margens do rio como se alguém tentasse desviar o curso do Adoração. Depois de subir por um bom tempo as colinas ele viu o Rei parando diante de duas montanhas com uma fenda no meio, era a nascente do Rio Adoração, entretanto, ele percebeu que havia muitas pedras e entulhos que impediam as águas de jorrarem.
O Rei perguntou:
- Agora vê o problema?
- Majestade, eu nunca iria imaginar que aqui nessas colinas ficava essa pequenina nascente que fariam aquele grande Rio fluir. Preparei guardas, para vigiarem os inimigos, mas nunca pensei nessa pequena nascente.
- É, meu jovem, lembre-se, tudo aquilo que realmente vale a pena nasce pequeno, assim também é Adoração, nasce pequeno, porém se manter o curso certo se torna uma grande fonte de vida.     
- Majestade, afinal de contas o que eu fiz de errado? Eu atentei para tudo que achei ser importante.
- Jovem você quer saber então eu te falo. Lembra daqueles dois que você expulsou do Reino?
O jovem ficou sem graça e admirado de como o Rei já sabia do que fizera.
- Eu havia designado uma grande missão para eles da qual dependia a vida do Rio e de todos os adoradores do Reino.
- Majestade quem são eles? E que missão é essa?
O Rei respondeu:
- O Senhor se chama Espírito e a Senhora se chama Verdade. A Verdade tem a missão de fazer com que o Adoração nunca desvie seu curso, que o Adoração nunca seja desviada para outros reinos com seus falsos reis gananciosos e mentirosos e se em algum momento vier a se desviar um pouco, Ela, a Verdade, coloca novamente no caminho correto.
O Espírito, meu jovem, Ele é que evita que pedras e entulhos venham sujar ou impedir que o Rio venha fluir, garante a pureza das águas, a limpidez, retirando qualquer monturo ou pedra que possa ser lançado pelos inimigos do Reino.
O Jovem com muito remorso por ter tratado de forma tão leviana e cruel os dois, olha o Rei temendo não haver mais chance de tornar-se um Verdadeiro Adorador, clama e pergunta:
- Misericórdia Rei! Será que eu ainda posso fazer algo, alguma coisa para ser um Verdadeiro adorador mesmo sem os dois senhores que eu expulsei do Reino?
- Jovem! Jamais você será um Verdadeiro Adorador, pois só é possível ser um verdadeiro adorador se você tiver consigo o Espírito e a Verdade. Alguém que os rejeita não é digno de Viver no meu Reino ou de ser chamado Verdadeiro Adorador. Aparte-se de mim! Você não tem parte comigo ou com meu Reino.

Anderson Rodrigues

 

CAJEPRIAN

Foto: Anderson Rodrigues


Sabe quando acontece algo maravilhoso que não encontramos palavras para expressar? Quando queremos nomear algo inominável, porém, é tão bom que temos que apelar para o neologismo ou para a velha, mas sempre usada COISA. Por exemplo, quando sua mulher, noiva, namorada ou similares está com vontade de comer algo, entretanto não sabe o que é. Ela diz:
- Amor tô com vontade de comer algo assim, sabe? Sei lá, uma COISA que num sei bem o que é (Bom, não sei quanto a vocês, mas, eu nunca acertei o que era).
Ou, quando você não sabe o nome do seu vizinho e quer falar dele, você diz: - Sabe o SEU COISINHA que mora ali na esquina? hummmm, nem te conto. (Isso mesmo, o “nem te conto” significa: Quero muitoooo falar, minha língua não se aguenta na boca).
Para algumas pessoas COISA é tão real que já virou até verbo:
- Aí tem COISA, acho que Fulano e Cicrana tão COISANDO direto, é só a mãe dela sair pra trabalhar que........! 
   
Bom, eu encontrei uma palavra que é a síntese exata dessas coisas boas que não conseguimos expressar. CAJEPRIAN! Isso! Cajeprian não é uma palavra apenas, é uma louvação a vida e tudo de bom que nela há. É a valorização das amizades verdadeiras, não pesando naquilo que eu posso conseguir com elas, mas, simplesmente porque você tem algo de bom e quer compartilhar com alguém, mesmo que essa pessoa não possa te oferecer nada no momento. É vivenciar o milagre da multiplicação do trakinas para dividir com uma multidão de universitários famintos e duros de tanto gastar com xerox.
Cajeprian é amar a diversidade cultural, social, racial... Poder falar que seu amigo e amiga estão gordinhos (e, juntos prometerem fazer um regime, mesmo que o regime  fique apenas na promessa e vire lenda) ou, chama-lá de branquela ou de negrão sem que isso venha soar como racismo.
É poder zoar alguém até irritar e ter a certeza de que aquela pessoa te ama mesmo assim e tudo aquilo foi apenas gozação. É sentir ciúme daqueles que amamos, porém, entender que aquela pessoa não nos pertence, apenas temos um lugar aconchegante e seguro dentro dela e que isso é o melhor que podemos dar ou receber de alguém.     
É saber ceder e ouvir aquele papo de mulherzinha das suas amigas do curso de Letras, mesmo você estando na sede por falar de futebol e de como o Mengão arrebentou o Botafogo na final do Cariocão (Vocês nem imaginam como é difícil arrumar alguém na faculdade de Letras para falar de futebol!). É pagar aquele mico juntos, que daqui a uns vinte anos vocês estarão rolando no chão de tanto rir de um lado, e seus filhos rolando do outro por ter visto a suas fotos e falando de como vocês se vestiam de forma tão brega, pelo menos para eles.

Cajeprian é um grito do Nós mesmo em meio a uma geração tão centrada no Eu, no egocentrismo. É um protesto para dizer que o bem existe.
É uma doce utopia que nos impulsiona a continuar acreditando que o amor existe sim e que mesmo que não venhamos alcançar todo esse amor em sua plenitude, só o fato de caminharmos na direção dele nos tornamos pessoas melhores ao ponto de ainda ter fé no ser humano.
Meu amigo! Brigue menos, reclame menos da vida, planeje menos e improvise mais, pois o que é a vida se não um grande improviso que não sabemos quando começa e nem quando termina, entretanto, toda beleza está exatamente na execução do ato de viver. Deixe que o grande Diretor do Universo dirija esse espetáculo do viver!
Seja um pouco mais CAJEPRIAN, pois, felicidade é viver os pequenos momentos com intensidade.
Anderson Rodrigues

IMPROVISOS....

Foto: Anderson Rodrigues


A beleza da vida não está nos roteiros prontos que teimamos seguir ... está nos improvisos... viva a vida de improviso!

Como na Literatura, a verdadeira experiência não vem das frases estampadas no texto, e sim, da leitura feita com os olhos d'alma e da subjetividade das entrelinhas, pois, exatamente nelas que encontramos a Semântica Viver.

Anderson Rodrigues

FRASES...




Toda construção linguisticas da qual podemos depreender algum sentido;
Algumas fazem tanto sentido que mudam o curso da nossa vida;
Tem as frases de efeito: “se quer algo que nunca teve, faça o que nunca fez”
Frases clichês: - você vem sempre aqui?
Frases galantes: - De longe você é a mulher mais incrível que já conheci.
Frases camufladas, aquelas que não dizemos com a boca e sim com o olhar;
Frases certas nos momentos errados;
Tem as erradas nos momentos certos;
Frases exatas que encaixam no “time” certinho;
Frases frias, que congelam qualquer expectativa;
Frases calientes, que provocam..........hummmm !
Frases cômicas, para relaxar do estresse;
Frases dos políticos, para aumentar o estresse.   

As que nos arrependemos de ter dito ou de não ter dito;
Frases prolixas (ou, simplesmente aquele blá, blá, blá...) são esquecidas logo depois que ditas;
Algumas são curtinhas, porém, jamais esquecidas: - Eu te amo!
E, existem as que mudam radicalmente nosso estilo de vida: - Sim, eu aceito!
Em algumas podemos reconhecer um grande amigo;
Outras nos fazem perceber um "Q" (ou, um "P" para quem preferir) de Paixão;
Têm aquelas “as melhores” levam-nos a delirar ao pensar que talvez, apenas talvez, o meu grande amigo seja o meu grande amor!
E, é assim, de frase em frase que a história é feita, refeita, dita e escrita;

Elementar meu caro....
Há muito mais coisas entre uma frase e outra do que supõem nossa vã filosofia.
E, já que quem espera sempre alcança, quiçá, entre as sutilezas de cada construção, a sofisticação de cada termo lexical escolhido, aquelas que eu proferir se tornem eternas enquanto durarem; 
É assim, nesse emaranhado de termos, nessa linda e fabulosa brincadeira, que vejo dia após dia, o singular da minha pessoa, transformar-se na primeira do plural... 

Riscos...

Na busca por ser feliz, por aquele melódico sim, o risco é companheiro constante.
Entretanto, é melhor a dureza convicta de um não que a incerteza sorridente de um talvez. E, logo após a dura e fria dor do não, poderá vir amanhecer esperançoso de um recomeço e atrás do sorriso mesquinho de um talvez virá à prisão eterna do quem sabe.

Sobre mim;

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. (Clarice L)

Em Suma: "Sou Exatamente Aquilo Que Deus Diz Que Sou, Nada mais Nada menos." Pois Sei Quem Sou em Deus...e isso Basta!!